Radio dos Manos - Rap Nacional Brasileiro

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Rap em Movimento O Rap e o mundo precisa do Sabotage

O Rap e o mundo precisa do Sabotage

É muito suspeito pra qualquer um que goste de Rap (du bom, tipo aqueles do Rappin Hood), falar do Sabotage e seu disco póstumo. Pois ele – infelizmente – faleceu ainda em um nível muito elevado de lírica, e das mais avançadas que já se viu, então era óbvio que esse disco seria foda.

A ideologia não morre.
Essa obra só mostra que o Sabotage foi o que aconteceu de melhor no Rap nacional, pois fez todo mundo lembrar que o que tem rolado de “inovador” na cena em tempos recentes, o maestro do Canão já fazia de forma muito mais avançada. Tanto o flow quanto a lírica, a visão de mundo… Tudo que a gente vê, hoje na cena (de bom), foi evoluído pelo Sabota. Por essas e outras que o cenário precisava dele hoje, pois só ele poderia dizer que os outros MC’s copiam seu flow, sendo assim, ele saberia como direcionar essa geração do Rap que só quer mostrar o tênis novo no Snapchat.
Os que apavora, apavorados serão na quebrada.
Ser malandro não é marcação jão, se joga!
Se na questão musical ele foi atemporal, no quesito social não seria diferente, o disco tem uma mensagem geral muito importante, com frases que são comuns dentro da poesia do Rap, mas a forma como o Sabotage construiu essas letras tem um impacto diferente e um entendimento mais específico.
Quem não pode errar sou eu, que se foda o Zé Povinho.
Vi e ouvi algumas pessoas dizendo que se esse disco, com letras de 13 anos atrás é atual, é porque nada no Brasil mudou, eu acredito que pensar dessa forma é desmerecer a obra, pois artistas geniais conseguem fazer composições atemporais que podem durar mais de 100 anos, e Sabotage é um desses artistas, suas músicas vão (e devem) continuar atuais, pois sua mensagem não pode ser esquecida jamais.
Obs: Mais um motivo pra entender o quão grande foi esse rapper:

domingo, 16 de outubro de 2016

Confira agora o primeiro single do novo álbum do Síntese







Com quatro anos sem lançamentos oficiais (salvo colaborações, como a faixa “Agora” de 2015, ou as faixas com o Projetonave)’, o Síntese vem trabalhando duro em seu novo álbum, sucessor do transcendental “Sem Cortesia“, de 2012. Agora, nesta noite de domingo (16), o Síntese lançou o single “Desconstrução“, primeiro do novo álbum.
Com uma instrumental orgânica de Davi Chaves e um clipe (assista no topo) vermelho sangue dirigido por Rafael Kent, “Desconstrução” é uma faixa rica no conteúdo lírico espiritual. O som foi escrito em 2012 pelo Neto (que canta ela inteira) e também pelo Léo, na época que lançaram o “Sem Cortesia”.
Sobre a música, Neto disse: “Gosto muito dessa obra, acho que ela mostra muito o que é o Síntese, a nossa postura e o nosso sentimento frente a realidade. Por isso achei de vital importância refazê-la pra ser parte do disco, e mais que isso, ser um single do álbum.
O novo álbum no Síntese ainda não tem data de lançamento. Aguardemos ansiosos.

Histórico! Ouça o álbum póstumo do Sabotage

A espera terminou irmãs e irmãos. Estamos sem palavras. O disco póstumo doSabotage acaba de sair! Com o nome homonimo, “Sabotage” vem com 11 faixas, e junto a elas uma grande versatilidade musical.
As faixas foram desenvolvidas ao longo de mais de 10 ano . A lista inclui “Mosquito“, produzida pela dupla Tropkillaz e com vocais dos filhos dele; “Superar“, com participação do rapper Shyheim, do coletivo de rap americano Wu-Tan Clan; “O Gatilho“, com BNegão e Céu; “País da Fome (Homens Animais)”, continuação de uma das faixas mais aclamadas de “Rap é Compromisso“; “Quem Viver Verá“, com o rapper Dexter, gravada um dia antes de Sabotage morrer; e muito mais.
9b518a59-29e4-4de0-a097-cb2cb8660e77

A direção musical do álbum é de Tejo DamascenoRica Amabis e Daniel Ganjaman, com a colaboração de DJ CiaQuincas MoreiraTropkillaz, DJ Nuts, Mr. BombaeDuani como produtores associados — ouça agora:

sábado, 17 de setembro de 2016

Como ator da série 'Stranger Things' se tornou exemplo para pessoas com doença rara

  • Ator de Stranger Things revela que possui doença rara durante série
    Ator de Stranger Things revela que possui doença rara durante série
Incurável, pouco conhecida, com nome de difícil pronúncia e presente em uma a cada 1 milhão de pessoas.
Esta é a displasia cleidocraniana, uma doença rara, mas que saiu do anonimato nesta semana a partir das declarações de uma pessoa famosa.
No caso, o jovem ator Gaten Matarazzo, que interpreta Dustin Henderson na famosa série do Netflix Stranger Things.
Em entrevista à revista People, ele afirmou sofrer da disfunção.
Coincidentemente, na série, o personagem que Matarazzo interpreta revela que também tem a doença.

Doença genética

A displasia cleidocraniana é uma enfermidade genética que afeta principalmente o desenvolvimento de ossos e dentes.
"Há uma chance de uma em 1 milhão de tê-la. O mais comum é herdando de seus pais, que foi o meu caso", contou Matarazzo à People.
"O meu caso é muito leve não me afeta tanto, mas pode ser uma doença difícil."
Mesmo assim, a gravidade da doença pode variar dentro da mesma família.
Science Photo Library
Desenvolvimento incompleto das clavículas muitas vezes é a característica mais marcante da doença

Sintomas

Em geral, o fator mais característico da doença é que as clavículas são subdesenvolvidas ou mesmo inexistentes. Como resultado, os ombros são estreitos, inclinados e podem ser ligados ao peito de forma incomum.
Os pacientes são capazes de realizar muitos movimentos com o ombro que outras pessoas normalmente não conseguem.
Matarazzo explicou que esta é a parte "legal" de ter a doença, porque as pessoas tendem a ficar impressionadas com suas habilidades estranhas.
Outra característica da doença é o atraso no fechamento dos espaços membranosos entre os ossos do crânio (chamados fontanelas, popularmente denominadas moleiras). As fontanelas normalmente se fecham mais cedo, mas no caso de pessoas com a doença isso ocorre mais tarde ou ficam abertas até a idade adulta.

Justiça nega recurso do governo para liberar “lei do farol baixo”

José Cruz/ABr
Em Brasília, rodovias estão entre as principais vias que cortam a cidade


A Justiça Federal em Brasília negou hoje (16) recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e decidiu manter a suspensão da Lei 13.290/2016, conhecida como “Lei do Farol Baixo”, que obrigava condutores de todo o país a acender o farol do veículo durante o dia em rodovias.
No dia 2 de setembro, o juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal em Brasília, aceitou pedido liminar da Associação Nacional de Proteção Mútua aos Proprietários de Veículos Automotores (ADPVA) e entendeu que os condutores não podem ser penalizados pela falta de sinalização sobre a localização exata das rodovias.
Na ação, a associação citou o caso específico de Brasília, onde existem várias rodovias dentro do perímetro urbano. “Em cidades como Brasília, exemplificativamente, as ruas, avenidas, vias, estradas e rodovias penetram o perímetro urbano e se entrelaçam. Absolutamente impossível, mesmo para os que bem conhecem a capital da República, identificar quando começa uma via e termina uma rodovia estadual, de modo a se ter certeza quando exigível o farol acesso e quando dispensável”, disse a entidade.
A lei foi sancionada pelo presidente interino Michel Temer no dia 24 de maio. A mudança teve origem em um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) e foi aprovada pelo Senado em abril. A multa para quem descumprisse a regra, considerada infração média, era R$ 85,13, com a perda de quatro pontos na carteira de habilitação.
O objetivo da medida foi aumentar a segurança nas estradas, reduzindo o número de acidentes frontais. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estudos indicam que a presença de luzes acesas reduz entre 5% e 10% o número de colisões entre veículos durante o dia.

Apesar da dor, amigos de Domingos Montagner fazem despedida alegre

Familiares e amigos estiveram na despedida do ator Domingos Montagner, que morreu afogado na última quinta-feira (15), em Canindé de São Francisco (SE). O ator foi enterrado no Cemitério da Quarta Parada, zona leste de São Paulo, pouco antes do meio-dia deste sábado (17).
A atriz Ingrid Guimarães, que fez o último filme com ele, disse ao UOL, que apesar da dor, foi uma despedida alegre. "A gente aplaudiu, a gente cantou. O velório foi uma homenagem digna."
O corpo do ator chegou ao Teatro Fernando Torres, no Tatuapé, por volta das 7h. Muitos fãs foram ao teatro na tentativa de se despedir de Santo de "Velho Chico", mas o velório foi fechado para o público. Os fãs fizeram preces e aplaudiram o ator.
Reprodução/Instagram/ingridguimaraesoficial
Ingrid Guimarães e Montagner fizeram o filme "Um Namorado Para Minha Mulher"
Entre os presentes estavam a mulher de Montagner, Luciana Lima, o irmão Francisco Montagner, artistas do circo e parte do elenco de "Velho Chico".No início da cerimônia, que começou pouco antes das 9h, Francisco Montagner foi até o portão agradecer o carinho.
"Em nome da família e de todo mundo, agradeço muitíssimo a manifestação que está acontecendo, é uma coisa quase inimaginável. Tudo isso que está acontecendo porque vocês não conheceram o ator Montagner, vocês conheceram o Montagner, era a vida dele. Ele não representava, ele vivia tudo que fazia, com muita dedicação, muito comprometimento, muita força. É o que todos têm que fazer em sua vida profissional. Só assim que a vida será boa e feliz. Vivam como ele viveu, a cada momento. Agradeço muito a todos, sei que todos queriam uma hora, mas eu queria uma vida com ele. Deixo um grande abraço, um grande beijo a todo pessoal do Brasil. Fico muito feliz."
Vários atores da novela "Velho Chico" estiveram no local, entre eles Dira Paes, que foi uma das primeiras a chegar, Marcos Palmeira, Antonio Fagundes, Marcelo Serrado e Camila Pitanga, que estava acompanhada do namorado, o ator Igor Angelkorte. A atriz Nicette Bruno, que também esteve no local, deixou o velório chorando muito.
A atriz Tuna Dwek, amiga de Domingos há 30 anos, contou que vários amigos e colegas prestaram homenagens ao ator: o elenco de "Velho Chico" e os amigos do circo, que foi a formação do Domingos, que era palhaço.

Por volta das 11h, conforme programado pela família, o corpo foi levado em cortejo pelas ruas da zona leste de São Paulo até o Cemitério da Quarta Parada.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Supercomputador brasileiro é desligado por falta de dinheiro para a conta de luz

santos dumont lncc (1)
A crise econômica no Brasil afetou o supercomputador mais poderoso da América Latina. Chamado de “Santos Dumont”, ele tem capacidade de processamento de 1,1 petaflops – mas foi desligado porque a conta de luz é cara demais.
>>> Suzana Herculano-Houzel deixa o Brasil e expõe problemas profundos da ciência no país
Segundo a CBN, o supercomputador chega a gastar R$ 500 mil por mês em energia elétrica, mas o governo não reajustou o orçamento do laboratório responsável por ele. Assim, a conta de luz chegou a consumir 80% dos recursos do laboratório, tornando inviável seu funcionamento em tempo integral.
O supercomputador começou a funcionar no ano passado, no LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), em Petrópolis (RJ). Desde então, o laboratório vem selecionando projetos que exijam grande poder computacional – o que inclui pesquisas sobre o vírus zika, mal de Alzheimer e camada pré-sal.
Augusto Gadelha, diretor do LNCC, diz à CBN: “no mês de maio, vimos que não havia a possibilidade de manter o computador ligado e tivemos a decisão de desligá-lo, diante da imprevisibilidade de chegada dos recursos para a energia elétrica”. Seis pesquisas estão atrasadas, e outras 75 ainda estão para serem iniciadas.
O problema pode se agravar ainda mais: como lembra Wagner Leo, coordenador de tecnologia do laboratório, o supercomputador é todo refrigerado a água, e suas peças “podem sofrer danos se ficarem sem uso”. As peças do dispositivo ficam separadas em dois contêineres; ele exige três geradores, uma subestação de energia e uma sala de nobreak.
santos dumont lncc (2)
O supercomputador consiste em três módulos distintos: o Santos Dumont CPU tem 18.144 núcleos de processadores Intel Xeon; o Santos Dumont GPU tem 10.692 núcleos da Intel e da Nvidia; enquanto o Santos Dumont Hybrid tem 24.732 núcleos Xeon e de coprocessadores Xeon Phi.
Cada um desses três módulos está na lista Top500 dos supercomputadores mais rápidos do mundo. Eles representam o Brasil juntamente ao Cimatec Yemoja, do Senai: ele fica em Salvador,chega a 400 teraflops e realiza pesquisas em geofísica sobre campos do pré-sal. Não há outros países da América Latina na lista mais recente.
Na verdade, duas máquinas nacionais saíram do Top500 mais recente: o Grifo04, da Petrobras; e o Tupã, do INPE, para previsões meteorológicas. Sem o Santos Dumont, ficamos ainda mais desfalcados no mundo dos supercomputadores – onde a China e os EUA estão avançando com força.
É mais um golpe para a ciência no Brasil, e está longe de ser o único. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) teve seu orçamento reduzido em quase 25% para R$ 3,3 bilhões – o menor dos últimos 12 anos, em valores corrigidos pela inflação. Ainda assim, o ministério disse que está buscando mais recursos para manter o supercomputador funcionando.
[CBN]
Fotos por LNCC